Pragas e plantas invasoras nas pastagens? Aprenda como controlar!

Postado em: 17/11/2021 | 3 min de leitura Escrito por:
A disponibilidade de pastagens é um dos fatores responsáveis pela sazonalidade da produção pecuária. A alimentação volumosa compõe grande porcentagem da dieta dos animais e garantir forragem em quantidade e qualidade adequadas, ao longo de todo o ano, é um grande desafio para os produtores.

No entanto, quando se faz a gestão correta dos recursos forrageiros, esse desafio se transforma em uma grande oportunidade de converter massa verde em produto de origem animal de alta qualidade, seja leite ou carne.

Dentro do manejo de pastagens, há um item fundamental: o controle de pragas e plantas invasoras.
 
Pragas
 
As duas principais pragas que afetam as pastagens são:
 
1) Cigarrinha da pastagem
 
A cigarrinha da pastagem tem gerado bastante prejuízos aos pecuaristas de praticamente todo o Brasil. O controle da cigarrinha tem um custo por hectare relativamente baixo, por volta de R$ 50-R$ 100 por hectare por ano com inseticida químico ou residual. Porém, devido à alta ocorrência, o controle dessa praga é essencial para garantir bons resultados.
 
Aqui a dica é que o controle químico seja feito na primeira fase de desenvolvimento da cigarrinha, que começa junto com o período chuvoso, para evitar perdas maiores.
 
Há também a possibilidade de fazer controle biológico com fungo, que não mata 100% das cigarrinhas, mas deixa o sistema em equilíbrio. Nesse sistema, é necessário fazer aplicação anual do fungo. Começa com uma dose maior no primeiro ano, passando para uma dose menor no segundo ano e, a partir do terceiro ano, estabiliza a quantidade de fungo aplicada.
 
Pode-se, também, associar as duas medidas nos casos de ataques mais severos.
 
2) Lagarta
 
Já a lagarta é mais comum em pasto intensivo, exceto no caso de capim Panicum, que acabam sofrendo um pouco mais de ataques de lagarta, mesmo em sistemas extensivos.
 
A lagarta é muito fácil de ser controlada com produtos químicos à base de piretroides, que têm um custo baixo, por volta de R$ 20 a R$ 30 por hectare por ano. Também pode ser feito controle biológico com fungo, da mesma forma que se faz com a cigarrinha, mas com fungos diferentes, específicos para a lagarta.

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Controle de plantas invasoras
 
Há duas distinções de plantas invasoras:
 
1) Planta invasora de folha larga
 
Dentro das plantas invasoras de folhas largas, há folhas moles, que são mais fáceis de serem controladas, e as folhas duras, que são mais resistentes ao herbicida e mais difíceis de controlar.
 
Uma prática muitas vezes utilizada, mas que não é muito eficaz, é a roçada. Isso porque todo ano é necessário roçar e as plantas invasoras não serão eliminadas, podendo, inclusive, ficar cada vez mais resistentes aos herbicidas, no caso das folhas duras.
 
A forma mais eficiente de controle, que tem um custo-benefício muito grande, que em médio a longo prazo praticamente elimina as plantas invasoras, com um custo de manutenção muito baixo é o uso de herbicida. Há herbicidas específicos para as folhas duras, variando de R$ 300 até R$ 600 por hectare por ano, dependendo do nível de infestação.
 
A aplicação do herbicida foliar geralmente é feita em área total, para diminuir a população de folha dura em 40% a 60%, aplicando, depois, o produto localizado, passando na base do caule ou cortando e aplicando nesse local.
 
Para as folhas moles, há uma variedade de herbicidas e o custo chega a R$ 120 a R$ 200 por hectare por ano, com um nível de controle muito bom.
 
2) Capins invasores
 
Já a presença de capins invasores no pasto representa um grande desafio para a fazenda, pois não há herbicidas seletivos que matam o capim invasor sem afetar o pasto. É necessário usar uma série de estratégias diferentes, desde reforma de pastagem e um bom manejo, usando, dessa forma, uma associação de vários métodos de controle. No caso dos capins invasores, é preciso avaliar cada caso para decidir qual a melhor forma de controle naquela propriedade.

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