6 cuidados ao escolher as técnicas reprodutivas na pecuária de corte

Postado em: 22/08/2019 | 5 min de leitura Escrito por:
Quando se fala em manejo reprodutivo de bovinos de corte, sempre deve-se ter em mente que esse se baseia no tripé nutrição, genética e manejo. Muitas vezes, os produtores ficam em dúvida sobre que tipo de tecnologia adotar em sua propriedade, quais as melhores técnicas que podem ser empregadas, como fazer as escolhas corretas para obter os melhores resultados possíveis.

Confira abaixo 6 cuidados que precisam ser tomados na hora de escolher as técnicas reprodutivas para sua propriedade.

1) Escolha da raça

Pelo clima tropical existente no país, há diversas opções de raças para corte. Escolher uma que se adapte ao local é fundamental para o bom desempenho do animal, desde o nascimento até o abate, além de responder às expectativas de mercado por uma carne de qualidade.

Assim, deve-se levar em consideração todos os aspectos relacionados à propriedade, à região que está localizada, o modelo de negócio que se pretende desenvolver e as demandas do mercado.

2) Registro de dados

É muito importante que a fazenda tenha uma rotina de registro de dados, pois essa prática será essencial para que se faça um acompanhamento do desempenho dos animais, bem como direcionará todas as compras e vendas de animais.

Isso pode ser feito de diversas formas, com o auxílio de softwares ou até manualmente. O que importa é que a fazenda tenha um registro de todos os indicadores zootécnicos e econômicos importantes para poder fazer os ajustes necessários, tanto nas questões do ambiente, como nas questões de seleção genética e manejo.

3) Mensuração

Todos os registros realizados devem ser baseados em mensurações confiáveis e regulares. A pecuária de corte caminha em direção a uma profissionalização, de forma que não se deve mais contar apenas com o “olho do dono”. Todos os dados precisam ser mensurados corretamente e regularmente, para que os ajustes sejam feitos.

Na maioria das vezes, pequenos ajustes e correções na gestão e no manejo trazem resultados excelentes sem a necessidade de um grande investimento financeiro em tecnologias de ponta.

Para que se alcance um determinado resultado reprodutivo, é necessário saber a situação atual real, com medição dos dados, para que se possa traçar uma rota para chegar onde se pretende.

Usando uma comparação, é como se uma pessoa determina como meta que quer pesar 80 quilos, mas não sabe quanto pesa atualmente e como é sua rotina de alimentação e exercícios.

Fazer uma auto-avaliação visual e uma suposição do que se consome e se gasta de energia provavelmente será ineficiente. É preciso medir, anotar, registrar para que, então, faça-se um plano de ajustes na dieta e nos exercícios com um objetivo claro e mensurável em mente.

O mesmo vale para fazendas. Apenas avaliações visuais dos animais e suposições de dados não vão levar a mudanças reais nos resultados, independentemente da tecnologia adotada.

4) Seleção dos touros

Essa escolha precisa ser baseada na avaliação genética e no tipo de reprodução que será adotada, por monta natural ou inseminação artificial. Ao optar pela monta natural, vários aspectos devem ser considerados e um deles é a escolha do reprodutor, que deve ser embasada na avaliação genética.

Os touros reprodutores devem passar por criterioso exame seletivo. Por meio dele, são avaliados inúmeros aspectos, como a condição corporal e, principalmente do aparelho genital, em busca de processos inflamatórios, anomalias e defeitos. Também é avaliada a aparência fenotípica do touro, além de serem realizados testes de progênie.

Para saber quanto o pecuarista pode pagar por um touro, aspectos como tipo de rebanho em que será utilizado, número de vacas com as quais será acasalado, tempo de permanência na fazenda e taxa de prenhez média da propriedade, além de sua qualidade genética, devem ser observados.

5) Cuidados na inseminação artificial

Quando se opta pela inseminação artificial, para um procedimento de qualidade não é preciso apenas bons produtos, existem cuidados durante o manejo que podem fazer a diferença nos resultados. A escolha do sêmen de qualidade, a melhor maneira do manuseio do botijão de sêmen e a higiene, por exemplo, podem ser determinantes. Qualquer descuido pode comprometer não só o resultado do protocolo de inseminação como também a prenhez de um animal durante toda a estação de monta.

Porém, muitos cuidados de manejo precisam ser tomados quando se decide utilizar a inseminação artificial. O primeiro passo é estruturar a propriedade, capacitar e treinar a mão de obra que irá conduzir o rebanho no dia a dia da propriedade, pois são eles os principais responsáveis pelo resultado alcançado. É preciso avaliar cuidadosamente o manejo nutricional, sanitário e reprodutivo da propriedade antes da implantação do projeto e das técnicas de inseminação convencional ou da inseminação artificial em tempo fixo. A mão de obra precisa ser estimulada e recompensada pelos ganhos em produtividade e metas atingidas.

Os principais cuidados antes de iniciar um projeto de IA e/ou IATF são dividir os lotes de fêmeas em primíparas e multíparas, e em propriedades com grande volume de gado recomenda-se trabalhar com lotes de 100 a 150 animais. As fêmeas que vão entrar no programa de sincronização precisam estar em boas condições fisiológicas, livre de doenças – como brucelose e leptospirose, principalmente – e apresentar escore corporal desejável (2,5 a 3), numa escala de 1 a 5. Desta forma aumentam-se as chances de bons índices de concepção e consequentemente maior retorno sobre o investimento.

6) Avaliar custo-benefício das tecnologias

Antes de se adotar qualquer tipo de tecnologia na propriedade, deve-se ter em mente questões relacionadas aos custos, à situação da própria fazenda, aos objetivos que se pretende alcançar e aos benefícios que realmente poderão ser obtidos.

Não existe nenhuma tecnologia que, por si mesma, resolve os problemas de todas as propriedades. Dessa forma, mais importante do que ter tecnologias avançadas é ter tecnologias apropriadas à realidade da fazenda e saber manejar e utilizar essas tecnologias.

Até porque, tecnologia consiste em extrair o máximo de recursos disponíveis de uma fazenda.

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Fontes consultadas:

Cuidados na IATF fazem a diferença nos resultados (https://www.ourofinosaudeanimal.com/ourofinoemcampo/categoria/noticias/cuidados-na-iatf-fazem-diferenca-nos-resultados/)

Inseminação em tempo fixo (https://www.sindicarnegoias.org.br/inseminacao-em-tempo-fixo/)

GR Responde: Qual a melhor raça para gado de corte? (https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/noticia/2018/05/gr-responde-qual-melhor-raca-para-de-gado-de-corte.html)

Saiba mais sobre manejo reprodutivo em bovinos (https://www.afe.com.br/artigos/saiba-mais-sobre-manejo-reprodutivo-em-bovinos)

Como escolher a melhor técnica de reprodução do seu rebanho (https://alavoura.com.br/pecuaria/bovinocultura/como-escolher-a-melhor-tecnica-de-reproducao-do-seu-rebanho/)







 




 

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