, que seguiam um histórico de baixíssima eficiência, foram umas das grandes transformações na propriedade.
A Fazenda Campos Bocaina utiliza
inseminação artificial em tempo fixo (IATF) e observação de cios naturais. As novilhas recebem duas tentativas de inseminação com sêmen sexado. Após isso, a Fazenda utiliza o sêmen convencional.
A inseminação de vacas no período de espera voluntário (PEV) é feita a partir de 60 dias. Em todas as vacas,
na primeira inseminação, é utilizada IATF.
O
manejo reprodutivo na Fazenda é feito
a cada 14 dias, através da palpação dos animais. Com esse manejo, o veterinário responsável decide se vai utilizar IATF ou se vão aplicar prostaglandina, para que seja feita a observação de cios.
A observação de cio é feita pelos
colaboradores da fazenda, que passaram por um
treinamento com o veterinário. Com esse treinamento, além de aprender sobre o que é cio e como detectá-lo, eles passaram a entender a
importância financeira da observação de cio, ou seja, o quanto impacta nos resultados da fazenda.
Além disso, com o manejo a cada 14 dias, foi possível d
iminuir o intervalo entre partos.
A Fazenda faz 100% de IATF nos animais que são liberados do PEV, pois verificou-se que a
taxa de concepção está mais elevada do que quando fazia a observação do cio natural.
Outro ponto importante no manejo reprodutivo da Fazenda Campos Bocaina é que a
marcação dos animais é feita com várias cores diferentes, o que ajuda muito na identificação da situação dos animais (prenhes, inseminados). Isso ajuda também na observação de cios, porque quando a vaca possui a marca “IA”, o que significa que ela foi inseminada, o funcionário pode perceber que ela está entrando em cio devido ao seu comportamento.
Outro ponto importante da Fazenda Campos Bocaina é o
manejo do pré-parto, que é feito no compost barn também. Os animais parem dentro do compost barn, na maioria dos casos, sem intervenção.
Também é feito o
resfriamento dos animais na pista de alimentação. Além disso, esses animais do pré-parto são levados duas vezes ao dia na sala de resfriamento da ordenha.
Com esse
conforto oferecido aos animais no pré-parto, houve
melhoras nos índices reprodutivos da Fazenda, como retenção de placenta, metrite, além da
melhora na produção em comparação com os dados de antes desse manejo.
Quando o sistema da Fazenda Campos Bocaina não fornecia todo esse conforto possibilitado pelo compost barn, os animais não emprenhavam devido ao estresse térmico, ao barro. Com a implementação do sistema compost barn, a fazenda também passou a implementar medidas de manejo reprodutivo e os ganhos foram muito grandes.
Melhorias alcançadas com o manejo reprodutivo
Antes, a taxa de serviço era 42,4%, passando para a taxa atual, de 76,8%.
Isso foi obtido graças ao
treinamento do colaboradores na observação de cio, somado ao uso de
câmeras de vídeo que funcionam durante as 24 horas do dia. Isso ajudou muito na observação de cios, inclusive, na detecção de cio durante a madrugada, quando não há colaboradores trabalhando na área.
Outro benefício obtido com o aumento do conforto dos animais, incluindo as medidas de resfriamento e aspersão na linha de cocho, foi no a
umento da taxa de concepção. Os cursos de inseminação artificial feitos pelos funcionários também tiveram papel importante nos resultados desse índice. Isso permitiu a padronização dos processos de reprodução.
A taxa de concepção antes era de 14% e hoje está em 29,9%, com o objetivo de melhorar ainda mais essa taxa.
Outro fator importante foi a
redução do intervalo entre partos, que saiu de 15,7 meses para 13,8 meses. Isso garante uma maior produção de leite e, consequentemente, maior rendimento para a Fazenda.
Já a taxa de prenhez, que antes era 6,7%, passou para 22,9%.
