Óleo de palma x óleo de soja: Efeito dos ácidos graxos na produção e composição de gordura no leite

Postado em: 20/12/2018 | 1 min de leitura Escrito por:
É muito importante conhecer a fonte de lipídios usada para suplementar os animais. Isso porque cada ingrediente tem uma composição diferente de ácidos graxos e deve-se evitar ingredientes que tenham uma porcentagem muito grande de ácidos graxos insaturados.

Um experimento feito na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), em Piracicaba, utilizando um sistema de produção de leite com pasto de capim elefante, suplementou com 4,2% da matéria seca com sais de cálcio de óleo de palma, apenas no terço inicial da gestação.

Confira abaixo o quanto as vacas responderam a essa suplementação de gordura:



A resposta das vacas foi muito boa e, como se nota no gráfico, não houve prejuízo da síntese de gordura no leite. Outro resultado interessante desse experimento foi o efeito residual:



Nota-se que o pico de lactação foi muito mais alto nas vacas que receberam gordura e milho floculado e essa superioridade foi mantida, mesmo quando a suplementação foi parada. Toda intervenção que se faz no período inicial, que mexe no pico de lactação, tem a vantagem de ter um efeito residual.

Um outro experimento do mesmo grupo de pesquisa comparou óleo de palma (verde) e óleo de soja (vermelho):



O óleo de soja também aumentou o pico de lactação em relação ao controle, ou seja, foi realmente mais eficiente em fornecer mais energia ao animal, embora não tanto quanto o óleo de palma.

Mas, quando se observa o teor de gordura no leite, houve uma queda significativa com o óleo de soja, enquanto o óleo de palma não teve esse efeito.

Assim, a composição do ácido graxo da gordura usada na suplementação dos animais faz toda a diferença! É importante saber disso para que se possa utilizar os ingredientes de forma estratégica.

Confira abaixo a professora da UFLA, Marina Danés, explicando sobre isso:


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