Resíduo da colheita: o que determina a altura do corte?

Postado em: 30/05/2018 | 2 min de leitura Escrito por:
Um aspecto muito importante da colheita da planta de milho em um processo de ensilagem é definir qual será a altura do resíduo. Mas afinal, há uma altura de resíduo ideal, que garanta bons resultados para todas as fazendas?

A resposta para essa pergunta é NÃO. Esse é um aspecto bastante discutido, mas é basicamente uma decisão local da fazenda.

Confira no vídeo ao final do texto o exemplo da Fazenda Agrindus, em Descalvado/SP, que optou por uma altura de resíduo de 30 centímetros, ou seja, deixa-se um resíduo desse comprimento e colhe-se o restante da planta.

Existe também a possibilidade de se deixar um resíduo um pouco mais alto, de 50 a 60 centímetros de altura, dependendo da altura do híbrido que está sendo utilizado.

A definição da altura do resíduo vai trazer consequências agronômicas e nutricionais. O resíduo mais alto deixa mais massa/palhada no solo para um próximo plantio. Os produtores que fazem plantio direto e têm um manejo especial com o solo preferem ter esse cuidado agronômico de colher a planta em um resíduo mais alto.

Além disso, ao se deixar um resíduo mais alto, colhe-se porções da planta que têm um valor nutritivo superior, porque deixa-se o colmo, que tem um valor nutritivo inferior para trás, colhendo-se a parte mais nobre da planta. Com isso, a silagem terá um valor nutritivo superior quando se deixa um resíduo mais alto.

Porém, ao mesmo tempo em que melhora valor nutritivo, há perda em produtividade. Com o resíduo mais alto, leva-se menos massa para dentro do silo, tendo menos silagem para alimentar os animais.

O inverso também é verdadeiro. O resíduo mais baixo, como nesse exemplo de 30 centímetros (há fazendas que deixam resíduos de apenas 20 centímetros), leva à redução do valor nutritivo da silagem, principalmente no que diz respeito à concentração de fibra. No entanto, haverá mais silagem sendo enviada para dentro do silo, podendo, com isso, alimentar mais animais.

Dessa forma, cada propriedade vai escolher o que é mais adequado para a sua situação particular, não existindo uma “receita de bolo” para isso. A escolha é feita caso a caso.

Confira o vídeo abaixo:

 
 
Essa é uma das aulas do curso Processo de ensilagem: da colheita da planta de milho ao desabastecimento do silo, onde o Prof. Dr. Thiago Bernardes, da UFLA, detalha todas as etapas do processo de ensilagem. Com demonstrações práticas, ele aborda desde a avaliação do ponto de colheita da planta de milho, até a vedação e desabastecimento do silo.

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