ESG e seus pilares no agronegócio

Postado em: 08/03/2023 | 3 min de leitura Escrito por: EducaPoint

ESG: conceito e importância

A sigla ESG (environment, social and governance), refere-se ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança corporativa. Embora pareça um termo de referências recentes, trata-se de uma sigla existente há um bom tempo.

Apresentada em 2004 durante uma publicação denominada “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”), realizada em parceria da ONU com instituições financeiras de 9 países, a ESG visa atrelar a necessidade do desenvolvimento sustentável com as boas práticas das grandes agendas financeiras.

O conceito, atualmente, é visto como uma métrica de interface entre investidores e empresas, que definem operações de organização para garantir maior estabilidade, utilizando, portanto, princípios de sustentabilidade e responsabilidade social.

Os pilares de ESG e seu impacto no agronegócio

Dessa forma, atividades envolvendo a agropecuária no Brasil, assumiram os padrões ESG. Sob maior fiscalização, empresas ligadas ao setor, como frigoríficos, fornecedores, clientes nacionais e internacionais, tiveram que se alinhar aos pilares do meio ambiente, da responsabilidade social e da governança corporativa.

Como consequência, bons retornos à economia nacional foram obtidos e, ao mesmo tempo, houve um aumento na geração de empregos e uma redução da pobreza e da fome.

Vamos entender um pouco mais sobre esses pilares?

sustentabilidade

Os pilares de ESG no agronegócio: entenda mais

E – Environmental (ambiental)

O pilar environment, refere-se ao meio ambiente que está atrelado de certa forma com as práticas sustentáveis. Aqui, vale lembrar que sustentabilidade não se relaciona apenas com a preservação dos recursos naturais, mas também como usá-los de forma equilibrada com a natureza, de forma rentável, gerando valor e benefícios.

Sendo assim, podemos citar alguns exemplos dessas práticas que têm sido adotadas em propriedades rurais que são:
  • Uso da tecnologia de biodigestores, que cada vez mais está acessível;
  • Redução de áreas de desmatamento;
  • Uso de dietas de precisão;
  • Mais adoção do melhoramento genético na seleção de animais mais eficientes, que emite menos metano;
  • Suplementação mineral equilibrada e uso de aditivos naturais;
  • Maior conscientização do manejo de carbono neutro;
  • Avanço dos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF);
  • Uso racional da água e de energia limpa
  • Uso de tecnologias de precisão que podem detectar mastite precocemente e assim, reduzir o uso de antibióticos e assegurar segurança e qualidade do leite
  • Avanço das práticas de bem-estar, avanços nas práticas de manejo, melhorias no abate humanitário e no transporte de animais vivos.
G – Governance (governança)

O pilar governança relaciona-se a uma gestão administrativa organizada e transparente. Isso também é associado ao relacionamento com colaboradores, clientes e os principais stakeholders.

O objetivo deste pilar é garantir uma empresa que tenha equidade, prestação de contas, transparência, responsabilidade corporativa, exigindo alguma das seguintes práticas:
  • Gestão de riscos;
  • Práticas antifraudes e corrupção;
  • Frequência de auditorias;
  • Garantia de rastreabilidade dos animais;
  • Cultura de compliance;
  • Gestores qualificados.
S – Social 

O pilar social associa-se aos impactos positivos que a empresa gera em benefício à sociedade.

Aqui, podemos mencionar as práticas que demonstram responsabilidade social, respeito aos direitos humanos, segurança no trabalho, leis trabalhistas, inclusão, diversidade e políticas sociais dentro de uma organização.

No setor agropecuário, isso remete à:
  • Profissionalização do setor envolvendo treinamentos e capacitações;
  • Envolvimento da empresa/fazenda com projetos e causas sociais;
  • Fornecimento de uma boa infraestrutura de moradia, garantia de alimentação, segurança e bem-estar dos funcionários da propriedade;
  • Respeito às legislações ambientais e leis trabalhistas;
  • Adoção de políticas de inclusão e diversidade.
Conclusão

Para os próximos anos, as práticas de ESG no agronegócio serão sinalizadoras de inovação, tecnologia e sustentabilidade no campo. Além disso, essas práticas são consideradas uma questão de sobrevivência, não só para quem atua no agro, mas em outros setores também.

Para os produtores, mesmo que a sigla ESG possa representar mais uma preocupação, é necessário entender o conceito como uma oportunidade e que, de certa forma, podemos estar alinhados aos princípios.

Certamente, há muitos avanços pela frente, mas se entendermos como essa oportunidade que envolve melhorias sociais, sustentabilidade, governança, podemos avançar mais rapidamente e tornar a produção mais eficiente, forte, útil e essencial para sociedade.

Portanto, quanto mais cedo a empresa ou organização se preparar para enfrentar os desafios da ESG, maiores serão as chances de sucesso no futuro.
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