Três dicas para prevenir doenças clostridiais em sua fazenda leiteira
Postado em: 18/03/2021 | 3 min de leitura
Escrito por:
As bactérias que causam doenças clostridiais são comuns em fazendas leiteiras, frequentemente encontradas no solo, vegetação apodrecida e esterco.
Essas bactérias são únicas, pois frequentemente formam esporos que são incrivelmente resistentes e podem durar anos. Os animais são infectados ao respirar ou ingerir os esporos, que então atuam atacando o corpo em locais específicos. Os esporos podem permanecer dormentes no tecido até serem ativados por algum tipo de estímulo. Embora existam diferentes manifestações, as doenças clostridiais são altamente fatais.
Os locais mais vulneráveis às doenças clostridiais são os músculos, intestinos e fígado. A doença associada a uma infecção do músculo é mais comumente conhecida como carbúnculo sintomático e é causada pelas bactérias Clostridium chauvoei e Clostridium sordellii. No trato intestinal, enterotoxemia é a doença causada por Clostridium perfringens tipos A, C e D.
Menos comuns são as doenças clostridiais associadas ao fígado, mas são causadas pelo Clostridium novyi tipos B e D.
Como o primeiro sinal da doença de Clostridium frequentemente é a morte, é fundamental focar na prevenção.
Confira abaixo três importante práticas de manejo para prevenir as clostridioses:
#1 Vacinação
"A vacinação para doenças clostridiais é uma parte padrão dos protocolos da maioria dos produtores, e por um bom motivo. A maioria das doenças clostridiais pode ser controlada de forma eficaz por meio de programas de vacinação. As vacinas são acessíveis e eficazes e, devido à gravidade das infecções por doenças clostridiais, é fácil vacinar.
Como o parto é um desafio consistente para muitas fazendas leiteiras, uma vacina de dose única de sete vias pode ajudar a facilitar o processo de vacinação e maximizar a eficiência.
Ao administrar vacinas, é uma prática recomendada trocar a agulha após cada animal, ou após no máximo 10 animais. A exceção é trocar a agulha imediatamente se ela ficar cega, contaminada ou torta.
=> Aprenda mais no curso Clostridioses em bovinos: como reconhecer e atuar na prevenção. Você pode adquirir cursos individualmente ou optar por assinar a plataforma EducaPoint, tendo acesso a todos os cursos disponíveis (mais de 230!) por um preço único. Clique aqui para saber como assinar.
#2 Anticorpos maternos para bezerros
O fornecimento de colostro de alta qualidade pode fornecer aos bezerros proteção inicial contra doenças clostridiais por meio de anticorpos maternos. Vacinar uma vaca no final da gestação pode garantir que o colostro contenha anticorpos contra doenças clostridiais.
Também é importante estar ciente de como proteger a vaca durante o parto, pois qualquer ferimento que ela possa sofrer pode torná-la vulnerável a doenças clostridiais.
#3 Práticas de alimentação cuidadosas
Os produtores devem certificar-se de que suas práticas de alimentação sejam consistentes, que as temperaturas do leite sejam mantidas dentro dos limites normais e que o substituto do leite seja misturado corretamente. Garantir um bom equilíbrio entre proteínas e carboidratos é a chave.
Para o gado a pasto, é importante que os produtores façam o seu melhor para evitar que os animais pastem muito perto de riachos onde predominam fasciola hepática. Bovinos infectados com fasciola hepática são mais suscetíveis à doença clostridial Hemoglobinúria bacilar, ou água vermelha.
O manejo adequado da pastagem é fundamental para reduzir o risco de o gado ingerir esporos clostridiais. Uma pastagem limpa, sem estrume excessivo ou vegetação apodrecida é o ideal.
Com essas dicas de manejo e as ferramentas certas, os produtores podem prevenir a ameaça da doença clostridial e os prejuízos financeiros causados pelas mortes em sua operação.
* Baseado no artigo With death often the first sign of infection, prevention is critical.
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082
Acesse os conteúdos relacionados a esse post: